sábado, 10 de julho de 2010

Um ano! 10.07.2009







A ansiedade de chegar, os contratempos, os comboios fora de horas, o esquecer de comprar o bilhete, eles que não apareciam, a estação cheia de pessoas e eu não saber por onde ir. O comboio com as suas apitadelas, e aquele som característico. A chegada a um sítio que eu desconhecia, o rubor das pessoas á minha volta, o nervosismo de o ver a qualquer instante. Foram coisas que nunca tinha passado na minha vida, foi tudo planeado rápido demais para ter saído bem. O olhar para o relógio e as horas passarem, o olhar á minha volta e ver tudo e não ver ninguém, ver a confusão que pairava pelas ruas, o cheiro da terra, da famosa terra! As cores das luzes daquela noite de festa, o olhar das pessoas que nunca me tinham visto mas que me reconheceram, aquele seu andar, a cerveja na mão, os seus típicos all stars, combinando com as suas calças rasgadas, e aquele cabelo que o caracteriza com o seu sorriso inexplicável. Assim os meus grandes olhos se encontraram com ele, e o meu coração ficou ainda mais agitado, todo o meu fracasso desapareceu, foi substituído por mais uma dose alta de força para que pudesse eu aguentar todo aquele momento. O contacto, o curto olhar que pareceu parar o tempo (…) acabou no momento em que tudo poderia ter sido diferente, a volta para a cidade foi escura e triste, foram lágrimas por todo o caminho, foi a estação que ficou com mais uma história, foi a minha lamentável história.

5 comentários:

Marilena R. disse...

Apesar de triste, o texto está um estrondo !! *

Sophia disse...

Oh minnha querida , hás-de lá voltar :)

Unknown disse...

Perfeito!*

disse...

aie, adorei o texto :)

Rita da Maçaroca disse...

Verdade ou não, adorei cada frase! Os sentimentos foram expressos com uma genialidade... *