terça-feira, 14 de setembro de 2010

Chama-se de insegurança


É impressão minha ou a minha existência na vida dele afectou-a bastante? Existem pessoas que não se enxergam mesmo, mas ok !

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Encontrei isto nuns rascunhos que tinha por aqui..



07 de Maio de 20010

Era uma festa de anos, foi louvável aquele jantar, tudo muito acentuado, nem parecia uma churrasqueira. Há quem diga que podemos estar no pior sítio do mundo (o que não era o caso), mas quando estão lá os amigos o sítio torna-se muito mais acolhedor e suportável. Apesar de tudo estava bem, pela primeira vez sem expectativas elevadas acerca da sua presença. Acho que se as minhas expectativas fossem sempre aquelas daquela noite conseguia superar os problemas de uma forma mais leve. A comida estava boa, a companhia ainda melhor, estávamos todos muito descontraídos e bem na nossa onda, já estava eu a rir-me como uma perdida para variar quando pontualmente o telemóvel toca. E o imprevisível transformou-se no previsível, e tudo aquilo em que eu não queria acreditar era real demais. Ouvir a voz dele não sei quantos meses depois fez-me saltar o coração, fiquei num estado minimamente alterado. Fiz telefonemas, mandei mensagens, fiz o possível e o impossível para conseguir aquilo que ele queria. Mas o jogo já era outro, não faço milagres, nem faço aparecer as coisas só para ele. Depois daquele agitado jantar, que deixou de ser calmo desde do momento em que aquela chamada me mexeu com o sistema nervoso pensei que mais uma vez tinha desfeito a “promessa”. Mas mesmo assim, não ia ser mais uma das suas histórias que me iam impedir de divertir e aproveitar mais uma grande festa. Todos muito animados, cantávamos, ria-mos e fazíamos tudo aquilo a que tínhamos direito. Não vou mentir, estava impaciente, 9 meses depois, 9 meses caramba! Como o tempo passa. Tinha uma alta probabilidade de o ver novamente á minha frente, podia mais uma vez olhar para uma pessoa que me fez passar por tanto em tão pouco tempo! Quando já sem nenhuma esperança, já meia baralhada com a minha cabeça sei lá eu onde, do meu lado esquerdo o vejo passar, como se fosse o rei, o centro das atenções, sempre alegre, sempre a sorrir como se nunca tivesse passado por nada duro na vida. Naquele momento estavam resumidos os últimos meses da minha vida, dias compridos e cinzentos, dias em que pensei só em desistir, dias de amargura e tristeza, dias e dias, dias que se foram transformando em longos meses. Já dominada pelo álcool contido nas bebidas, já com a minha cabeça noutro sítio, encontro-o ali, ali pontualmente e exactamente como eu. Não foi nada bonita, nem especial a forma de como nos reencontramos, nada mesmo. Estava no meio da multidão onde estava a ver o concerto da Nneka, onde tocava a maravilhosa música Africans, enquanto tocava a melodia, mais eu procurava, enquanto tocava, mais me aproximava, e quando finalmente ouvimos as ultimas notas, estávamos ali a falar um com outro como velhos amigos que se acabaram de encontrar. Já completamente noutro mundo, demos por nós ali um com outro a dançar, a falar como se aqueles meses nunca tivessem passado, como se eu nunca tivesse sofrido com a sua ausência, parecia tudo normal demais para ser a nossa história. Não quis acreditar quando ouvi a sua voz junto ao meu ouvido, a dizer que sempre gostou de mim, a música estava altíssima, o álcool já tinha tomado conta de nós, e a confusão era enorme na minha cabeça, mas ouvi perfeitamente as tuas palavras, ouvi e isso ninguém me tira da cabeça. Também ninguém me tira da cabeça o teu beijo, já com sabor a álcool, e tabaco, e a todas aquelas substâncias consumidas por ti. Foi uma noite, uma noite que desapareceu assim que deu lugar a uma manhã fria e chuvosa. Foi bom enquanto durou pensava eu enquanto arrancava aquelas ervas a beira da praia, ainda na companhia dele, a ouvir aquelas histórias que mexiam comigo. O frio já tomava conta de nós, as minhas mãos geladas como é de costume, mas o meu coração estava quente só por ter a sua companhia. Deu-me a sua mão para que eu não passa-se frio, abraçou-me e lá adormeci eu no seu colo enquanto o metro ia passando paragem a paragem, cada vez mais perto de ele partir, quando o metro parou e anunciou a última paragem, levantei a cabeça e olhei para ele enquanto pedia a Deus que me o trouxesse de volta.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ao ouvir a nossa melodia, vieram-me as saudades tuas.


Passaram quase dois anos. Meu Deus, dois anos! Não sei como o tempo passou tão rápido, não sei como será daqui para a frente. Mas espero que saías do meu coração, já tentei quase tudo, mas até agora foram só tentativas sem sucesso nenhum. De um momento para o outro só existes tu, e o meu coração bate mais forte, a minha cabeça tras-me lembranças que eu não quero mais lembrar. Foram tempos difíceis, foram dias em que eu não vivi, em que eu parecia só marcar presença, em que estava num outro lado obscuro, e sem saída. E quando eu tinha noticias tuas, iludia-me de uma maneira em que pensava que tinhas voltado e que ia ser feliz outra vez, e quando eu estava no meu auge tu ias embora outra vez, voltava eu ao buraco donde não devia ter saído. Brincas-te comigo o tempo que quises-te, enquanto isso eu andava feliz, quando eu deixei de te fazer falta arrumaste-me para um lado e nunca mais quises-te saber, desde daí só queria morrer, não me conformava em não te ter, foste o meu maior desgosto. Tinha-te como modelo e tu desiludiste-me. Mas sabes não mereces, nem nunca merecesses tanto da minha tristeza, mas ainda hoje te amo. Ainda hoje tenho vontade de te ver, ainda hoje apareces nos meus sonhos, e ainda hoje lembro e relembro tudo de novo. Graças a Deus, a minha vida tem mudado, desde que comecei uma nova fase da minha vida que sei as pessoas só se iludem se quiserem, mas agora já não se trata de ilusão ou não. Trata-se de uma coisa chamada amor, esse sentimento não desaparece de um dia para o outro, não desaparece com a distância nem muito menos com outra pessoa. Simplesmente vai-se desgastando. Até lá eu espero.