Ouvir a tua voz ainda mexe comigo, depois de ter tomado a tua voz como anestesia, penso que ainda és capaz de voltar, e que tudo vai voltar a ser o que era. Mas quando me passa este tão bom estado, o meu coração envolve-se outra vez dentro daquele casulo, frio e desaconchegado pensando que é lá que vai recuperar e que qualquer dia está pronto para outra. Torna-se tudo mais fácil quando não estamos dentro de nós mesmos.
terça-feira, 30 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Meu Deus
Hoje escrevo para ti, meu Deus, ainda me ouves, tal como me ouvias quando era criança e te pedia para nunca me abandonares nem a mim nem aqueles de quem eu gostava? Ainda me ouves chamar por ti nas horas em que mais preciso? Acredita que continuo a precisar de ti, preciso de saber que me ouves, e que estás disposto ajudar-me. Só tu sabes aquilo que eu sinto, e o quanto me custa acordar todas as manhãs para enfrentar mais um dia cheio de armadilhas á minha volta, e de pessoas que me querem ver mal. Não sou perfeita, também ninguém o é, não mereço nada que me ouças e me ajudes, mas só tu sabes o quanto sou fraca e caio facilmente em tentações. Só tu sabes mudar o rumo da nossa vida, só tu sabes transformar o mau em bom, a tristeza em felicidade, e só tu podes fazer com que tudo isto acabe. És muito para mim meu Deus, sempre me ensinaram que se dobrasse os meus joelhos e falasse contigo, me ouvias, e que aquilo que te pedisse me darias, agora são tantas as coisas que te peço, e são tantas as asneiras que faço para não merecer que já não sei se continuas aí a ouvir os meus disparates, e os meus problemas que comparados com muitos não são nada. Só tu sabes o porquê de eu acordar todas as noites, com um peso no peito, e falta de ar. Vou continuar a falar contigo todos os dias antes de me deitar, tal como me ensinaram quando era ainda pequena, vou confiar a ti todas as minhas tristezas, e sempre que me ajudares, vou continuar a falar contigo para te poder agradecer do bem que me fazes a mim e á minha vida. És e sempre serás o meu melhor amigo. Estás aí não estás?
quinta-feira, 11 de março de 2010
Sou mesmo importante
Eu saio á rua, ouço alguém chamar por mim, eu viro a esquina aparece-me alguém á frente. Eu chego á escola vem alguém dizer que ouviu outro alguém a falar de mim. Ligam-me durante o dia para falarem comigo, ligam-me ás 4h da manhã para falarem. Nos corredores da escola escondem-se de mim para eu não ver. Mandam-me mensagens não sei quantas vezes ao dia de números diferentes, vou a qualquer lado lá está alguém conhecido, viro-me de costas lá está alguém a falar de mim. E agora até os professores, e desta não estava eu á espera, até comigo sonham. Sou mesmo muito importante eu sei, mas não é preciso exagerar está bem? Eu vou fingir que estas coisas todas são porque gostam todos muitíssimo de mim, e é claro que estou a ser altamente irónica.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Nem quero saber!
Gosto pouco de fingir aquilo que não sou, e muito menos dou graxa. E quando alguma coisa se mete na minha cabeça é difícil que ela saía de lá, com que então éramos todos tão afastados, e tão desconhecidos uns para os outros... desta já eu sabia. Só não sabia que por um dia ou dois, ou talvez uns dias ia fingir que está tudo bem só para aparecer numa câmara, abraçada ás pessoas que me disseram que eu era uma desconhecida para eles? Nanana, não há cá hipocrisias nem coisas do género, não finjo nada nem ninguém me vai obrigar a fingir, acabou. Quero lá saber de quem lá vai estar, dos famosos, da gente importante, ou da televisão. E assim decidi ser a única a pôr-me de parte num projecto com tanto amor a carinho (dizem eles). É a vida filhinhos, desculpem lá se não vos facilitei a vida mas é mesmo assim, cá se fazem cá se pagam. Ninguém me apanha lá no Sábado, odeio fingir que está tudo bem, odeio mesmo! Sim sou muito rebelde, porque não quero fingir que tenho a melhor relação com os meus colegas, e não quero marcar presença naquele palco em que tudo é ensaiado e nada é verdadeiro. Enfim, tenho uma turma que é uma merda (desculpem lá o termo).
sábado, 6 de março de 2010
As primeiras conversas dizem tudo, ou quase tudo...
terça-feira, 2 de março de 2010
Paralisia do sono
"Algumas pessoas relatam que, às vezes, sofrem uma paralisia corporal ao se deitarem para dormir. Afirmam que, deitadas, perdem os movimentos e a capacidade de falar, ficando com o corpo pesado e “duro”, preso à cama. Então, dizem, ouvem vozes, escutam passos, vêem estranhas cenas ou pessoas e de desesperam.
Como nossa cultura não é, infelizmente, amadurecida no campo onírico e nem tampouco para o contato com o mundo do inconsciente, não somos preparados para experiências desta natureza. Como resultado, não sabemos o que fazer quando caímos na paralisia do sono, sendo tomados pelo medo.
Alguns experimentam intenso terror, supondo que estão enlouquecendo ou prestes a morrer. Outros, supersticiosos, crêem que o “diabo” os persegue e até que os sufoca.
O medo se deve ao desconhecimento. Na verdade, a paralisia do sono corresponde a um estado não usual de consciência no qual atingimos lucidamente o limiar entre a vigília e o sonho. Em outras palavras: nossa consciência se encontra em um ponto limítrofe entre o mundo vígil e o mundo onírico."
Era o que me faltava agora.. E mais alguém sofre disto? (Só para eu não ficar a pensar que sou a única maluca que sofre deste mal... )
segunda-feira, 1 de março de 2010
São momentos
Com o tempo fui-me habituado, agora o medo é de voltar a passar por tudo outra vez , talvez seja por isso que criei esta auto-defesa, que talvez tivesse vindo para prejudicar. Há momentos pelo qual não quero passar outra vez, nunca mais mesmo. Quantas as noites que pensava e voltava a pensar, para chegar a alguma conclusão. Noites perdidas, noites em que não pensava em mais nada senão no que tu me fazias. Não sei se me arrependo ou não, não sei se te quero ou não, já não sei de nada. Quando descobrimos algo que não nos passa pela cabeça, é como um choque, um choque bem forte, que nos põe paralisados de tudo. Não sabemos para que lado virar, e começa-nos a faltar o ar. Lembro-me como se fosse ontem de todas as noites, eram todas iguais, pensava, pensava tanto, tinha medo e dor, chorava como se não houvesse amanhã, o calor invadia o meu quarto e quantas vezes permanecia na janela olhando as estrelas e tentando decifrar todos os segredos. Foi duro, e ainda agora o é, não esqueci, mas a dor atenua e passado muito tempo já estamos conformados com o que se passou, mas a dor ainda permanece lá no fundo e a esperança por muito velha que já se encontre ainda lá está. As saudades também ainda não desapareceram, mas já sei lidar melhor com elas, na minha cabeça a luta ainda não acabou, na tua nunca deve ter tido algum começo, mas a vida é mesmo assim, quando menos esperamos prega-nos estas partidas, que quando chegam ao fim nos deixam sem folgo. Uma parte de mim ficou aí, a outra trouxe-a comigo, talvez por isso é que já ninguém me ache a mesma pessoa, mas eu quero voltar a ser quem era e não quero mais passar a vida a lamentar. Posso ter muitos defeitos, posso ter sido má, e tudo mais, mas sofri demais, tanto que nunca vais poder imaginar. Não sei se algum dia os nossos caminhos se voltarão a cruzar, mas se isso acontecer, vou ser tão prudente como uma serpente, e não vou deixar mais que me faças sofrer tanto como eu sofri. Não te desejo o mesmo, porque nunca irás passar por isto, não tens a mesma forma de amar que eu, não vives o sentimento tão intensamente, preferes tudo pelo meio, nunca levas nada até ao fim. E é por seres assim, que não me parece que algum dia chores por alguém, aliás nunca imaginei tal cenário. És alguém que eu vou lembrar sempre como uma pessoa que não é capaz de chorar nem de sofrer, é assim que eu quero ser daqui para a frente. Um dia destes vou voltar a sorrir com vontade, e sem dar por nada, a outra parte de mim voltou.
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