quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Noites de Verão



Se há coisa de que tenho saudades, é daquele bar em frente á praia. De me sentar com as amigas na esplanada, de ouvir aquele jazz como música de fundo, e de conversar durante horas a ouvir aquelas ondas tão agitadas durante a noite. Eram noites em que falávamos de tudo, em que riamos até não aguentar, em que por vezes quase chorávamos, e outras até ficávamos caladas a olhar umas para as outras, era tudo perfeito, até mesmo quando estávamos em silêncio, podíamos saborear daquele ambiente na maior das tranquilidades. Quando já toda a gente saía, nós éramos sempre quase as últimas, depois de sair, tirávamos os sapatos e íamos pela areia, um pouco fria de noite, mas sabia tão bem sentir os grãos de areia nos nossos pés, de sentir o cheiro do mar, e o pouco vento daquela estação. Muitas vezes deitávamo-nos na areia a ver as estrelas e a conversar sobre os nossos sonhos e os nossos medos, e até das nossas ansiedades, tentávamos adivinhar o futuro que se avizinhava, e mantínhamos sempre a esperança de que tudo iria mudar, e começar a correr tal como tínhamos previsto. Jurávamos que nunca nos íamos separar e que aquelas noites eram para repetir. Sei que valeu de pouco ou nada tudo aquilo que tentamos adivinhar, é claro que nem tudo corre como estamos á espera, ou sonhamos. Mas sei que valeu a pena, todas as noites passadas naquela esplanada, eram noites que nos preenchiam e nos faziam sair da rotina. Apesar de tudo, ainda nos damos bem, estas noites de inverno tão solitárias não nos permitem ir para esplanadas em frente á praia nem sentir os grãos de areia, mas sim para nos aconchegar em casa a pensar em todas estas noites que não queremos que se percam. Por muita coisa má que tenha acontecido no Verão que passou, resta-nos o nosso Grão d’Areia que sempre ouviu os nossos suspiros de vidas cansadas e pouco tranquilas, mas também que nos preencheu com aquele ambiente calmo e aquele som contagiante do seu jazz e das ondas do mar tão delirantes.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Foi a gota d'água


Quando ouvi tudo aquilo juro que foi como se me caísse um balde de água fria pela cabeça abaixo. A sério, já ouvi muita coisa mas aquilo foi a gota de água, remédio santo como costumam dizer. Custou-me tanto ouvir, doeu tanto que aprendi. Eu que andava numa fase mais calminha, em que estava a tentar reconstruir tudo de novo, foi como se tivessem destruído tudo, lá vou eu recomeçar outra vez. Não vou deixar de tentar nanana, e se quiserem que venham de novo tentar destruír, desta vez não vou deixar. Já fizeram demasiado para eu perdoar, façam de conta que morri. Arranjei coisas que me vão ocupar a cabeça durante algum tempo, talvez tudo isso me ajude a esquecer aquilo que se passa, e a única coisa que pode apagar todo este problema é o tempo. Mais tarde ou mais cedo, eu vou esquecer, e vou ver esta fase, como apenas uma má fase, que já passou.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O dia em que te esqueci


Não só adorei o livro e me identifiquei totalmente com frases que ela escreveu, como também a parte do fim que me fez chorar, por ela ter ficado com alguém com o mesmo nome que tu. São coincidências, mais uma vez para me fazer voltar a "cruzar" contigo no meu pensamento, e como eu tenho dito, há algo que não quer eu te esqueça. (No que toca a romances, ultimamente ando assim... lamechas).

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ser misterioso


Este tipo de pessoas, são daquelas que me dispertam atenção, que agem como se não pensassem, podem estar a fazer a coisa mais díficil do mundo, mas fazem-no como se nada se passasse, que não gostam de dar nas vistas, mas que são as mais vistosas. Adoro a parte fria da pessoa, a parte em que fala por meias palavras, e deixa todo o resto ao nosso critério, aquele ar de quem não se preocupa com nada mas que saí tudo na perfeição. Gosto de como aparecem e desaparecem á minha frente, é como se tivesse bem perto de nós mas não lhe podessemos tocar. Dizem coisas que ninguém entende, coisas que temos de ser nós a decifrar. Adoro a face oculta de um ser misterioso, é algo que não se sabe explicar, algo a que nunca teremos conhecimento. Adoro pessoas misteriosas, fazem-me entrar num estado de trance sempre que falo com elas, talvez o sinta por saber que mais tarde ou mais cedo desapareçam sem deixar aviso. Ser misterioso é uma tentação, que acaba quando se perde todo o mistério. Ele sempre foi um bocadinho assim, por isso é que ainda não esqueci.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Desta vez não vai ser como das outras vezes


Ele aparece sempre quando eu estou bem, mas eu não vou deixar que ele interfira outra vez, na minha vida, não vou! A paz que eu adquiri com todas as minhas forças ninguém me a vai tirar, isso eu garanto!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Queria estar assim todos os dias


"Há momentos na vida em que me sinto tão próxima da perfeição que podia morrer daqui a uma hora e não me importava." hoje sinto-me exactamente assim, não me fazia mal sentir assim todos os dias, a minha vida pode estar virada ao contrário, mas o sol lá fora brilha e hoje sinto-me com vontade de fazer de conta que a minha vida é perfeita. Vamos sempre a tempo de mudar, hoje estou bem amanhã posso ter outra recaída, mas nunca me vou esquecer desta minha vontade de ser feliz seja de que maneira for. O meu caminho é para a frente, tenho pena de quem fica para trás, mas acabou a minha dependência das outras pessoas, ai mudar faz-me tão bem. E agora fico-me por aqui, aproveitar o meu fim-de-semana de descanço e a ouvir um reggae. Se estivermos de bem com nós mesmos, estamos de bem com a vida também. :)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A vida é agora ou nunca.


De manhã bato a porta, saio para fora e encontro-me comigo mesma, enquanto a melodia toca no meu ouvido, vou pensando, pensando naquilo que sou e naquilo que fui. Pensando naquilo que fazia, e deixei de fazer, naquilo que sentia e deixei de sentir, naquilo que foi e já não é. Sou mesmo fraca, nem vale a pena conseguir aguentar hoje, se amanhã volta tudo ao mesmo. Sou fraca, e eu não era assim. Eu tinha uma força do outro mundo, eu era forte, mostrava segurança, era independente, na minha cabeça só tinha um objectivo que era viver um dia de cada vez, a paz e tranquilidade habitavam em mim. Tinha o prazer de me levantar todos os dias de manhã com o sol a entrar pela janela do meu quarto, lia todas as mensagens de bom dia, espreguiçava-me e levantava-me, vestia apenas umas calças e a camisola, e saía de casa a ouvir a música mais mexida e que me dava lanço para subir a pior rua cá da zona, chegava a meio inspirava o ar das árvores que tinha á minha volta, e voltava a caminhar com um sorriso nos lábios e a cantar baixo para que ninguém me ouvisse. Quando chegava ao cimo da rua ouvia-se o ritmo do meu batimento cardíaco e a minha respiração acelerados, e eu explodia de vontade e amor. Estava rodeada de pessoas de que gostava e sentia que estavam comigo, tinha prazer em estar com elas, gostava de dividir todas as minhas ansiedades com elas, gostava de rir até não poder mais, de cantar durante o dia inteiro, e quando chegava já o fim do dia... era com enorme felicidade que me despedia com um até manhã, lá caminhava eu pela rua abaixo, cantando novamente, vendo o sol a pôr-se lá no fundo onde se via o mar e a falar contigo da nossa vida. E foram assim os meus dias durante meses, andei a viver um sonho, fiquei mal habituada e não tinha noção de que as coisas não duram para sempre. Eu pensei que nunca teria de dizer um adeus, mas percebi agora que as pessoas vêm, amam, e vão novamente, a vida é agora ou nunca. E para quem pensa que tudo na minha vida foi para esquecer engana-se porque tive momentos bem felizes, sensações únicas, e pessoas inesquecíveis. Quem me dera voltar a sentir o calor que sentia, quem me dera voltar a ter a sensação de paz e tranquilidade na minha vida, quem me dera ter podido viver aqueles meses para sempre. Mas a vida é agora ou nunca, e já não vale apena pensar naquilo que foi e já não é, embora os viva novamente quando me lembro e escrevo para poder voltar a sentir por instantes um bocadinho daquilo que sentia.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tão diferentes que eles são


Tenho andado a reparar que há cada vez mais pessoas sem nada dentro da cabeça, fico parva de olhar para um lado e ver uma pessoa assim, e também fico parva de olhar para o outro lado e ver uma pessoa completamente igual, e porquê? Porque tudo aquilo que têm na cabeça se resume a um único objectivo, que é serem aceites, ser o topo, ter muitos amigos, vestirem aquilo que está super in, e claro não esquecer de seguir o modelo dos outros. Sinceramente é um pouco triste viver num mundo em que tudo é igual, começa a ficar sem piada nenhuma. É óbvio que não estou a dizer que uma pessoa se deve vestir mal, não se dar com ninguém, nem tentarem fazer amizades, mas tudo tem um limite. Para eles/elas, não! Quanto mais "amigos" fizerem melhor, amigos esses que parecem figurantes, quanto á roupa? Disso nem valia apena falar, copiam-se uns aos outros á descarada, se pudessem andar todos iguais (o que já falta pouco), andavam sem problema algum, porque o que interessa mesmo é darem nas vistas. Não é por serem assim que vão ser pessoas melhores, e de que vale apena ter 30 amigos se apenas 2 ou 3 (e as vezes nem isso), nos ajudam nas horas más? Depois existe também uma coisa que me faz imensa confusão, o facto de falarem uns dos outros, são todos tão amigos que a única coisa que fazem é pura e simplesmente criticarem uns aos outros estão sempre atentos a todos os promenores, e tudo serve para ser falado. Felizmente, não penso com a cabeça de ninguém, para alguma coisa a minha serve, ao contrário de várias pessoas não é verdade? Não sou uma pessoa sem defeitos ou perfeita para falar, mas também não ando á caça, nem atenta ao que os outros fazem e vestem para ser igual e principalmente ser aceite na sociedade. E acho que não é assim que fazem a diferença, muito pelo contrário. Acima de tudo convinha sermos nós mesmos, e assim marcar a diferença.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Injustiças


Oi? O ídolos tá a começar a perder a piada, mas será que os portugueses tão todos surdos ou quê? Por mim era um dos finalistas, acho que foi a saída que custou mais. Salvador, apenas um dos que dava vida ao programa. ;)

sábado, 2 de janeiro de 2010

Hoje tou completamente desequilibrada


Mal consigo abrir os olhos, tenho de estudar, porque logo na primeira semana do ano tenho dois testes e um trabalho. Não sei por onde começar, porque o que me apetece é voltar para a cama e ficar a dormir durante todo o dia. Esta passagem de ano deixou-me de rastos, e o que eu quero é voltar á minha rotina, já estou farta de andar aqui feita morta-viva. Acordei mal disposta, porque não há um gajo á face da terra que seja em condições, pelas conversas de ontem deu logo para perceber como eles são, é que basta um minuto só, nem isso. Para mim ainda não apareceu ninguém perfeito, mas este mês vai fazer um ano que apareceu um que deu a volta á cabeça, que me deixou a suspirar por aí, e que agora me faz é andar a chorar por aí. Ups, prometi que não ia falar mais dele, mas desculpem ao menos não guardo nada cá dentro. E hoje sinto-me... frustrada e sem vontade de fazer nada! Bom começo de 2010. Agora vou tentar fazer alguma coisa que renda, como estudar os movimentos artísticos do design e a metodologia projectual.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Passagem de ano


Este ano pude passar a noite de passagem de ano com amigos, foi divertido muito divertido até, pena é que este tipo de noites sejam só divertidas na hora, porque no dia seguinte chegam as consequências. Este ano foi diferente, entrei em 2010 sem chorar, sem me lembrar completamente de nada! Sem pedir nenhum desejo, porque aquilo que estiver reservado para nós há de chegar, e ninguém o poderá impedir. Para entrar o ano em grande já dei uma queda daquelas que nos rimos como perdidos. E não, não o encontrei, eu tentei, tentei e tentei. Mas quando deixamos de estar em nós fazemos coisas que nos dão prazer na hora, mas mais uma vez depois não achamos assim tanta piada, e eu não quis acabar o ano sem ouvir a sua voz. E eu prometo que agora vai ser diferente (digo sempre isto, mas pronto pode ser que seja desta). Espero que tenham tido todos umas boas entradas, e que se tenham divertido tanto como eu.